A Resolução CFP nº 18/02 que, estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação ao preconceito e à discriminação racial, é tema do debate que será transmitido pelo site do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que acontece nesta quarta-feira (19/12), a partir das 11h. Mesmo uma década após sua elaboração, o dispositivo ainda é praticamente desconhecido pela categoria.
Neste cenário onde o racismo ainda está presente na sociedade brasileira, psicólogas e psicólogos deverão impulsionar o debate sobre as consequências para a promoção da justiça e dos direitos humanos quando o preconceito se mostra presente. “A resolução contribui para uma prática profissional ética e politicamente comprometida”, enfatiza a vice-presidente do CFP, Clara Goldman.
Segundo Goldman, a resolução deverá conter uma atenção especial a questões como preconceito, racismo e descriminação como produtores de violência e sofrimento psíquico. “Este debate cria oportunidades também de avaliação de como psicólogos (as) e Psicologia tem se aplicado na luta por uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva”, diz.
O debate contará com a presença do representante do CFP no Conselho Nacional de Politicas sobre Drogas (Conad), Marcus Vinícius. A coordenação da mesa será feita pela psicóloga e psicoterapeuta do Instituto AMMA – Psique e Negritude, Maria Lúcia da Silva. A abertura será conduzida pela conselheira do CFP, Marilda Castelar.
População
Indicadores produzidos inclusive por órgãos estatais como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) comprovam que os negros e pardos são maioria no País, somando 97 milhões – quase a metade da população brasileira, que corresponde a 191 milhões (IBGE/2010).